TRANSTORNOS DOS VASOS RENAIS PRINCIPAIS


1. Tromboembolismo das artérias renais

 A trombose aguda da artéria renal pode produzir como consequência de traumatismos abdominais, progressão de uma estenose ateromatosa o displasia da artéria renal, aneurisma da aorta ou artéria renal, processos inflamatórios da artéria, ou após uma caracterização da artéria renal. Também pode ser por trombose espontânea.
 Causas de embolia das artérias renais com origem no coração: trombos murais e êmbolos de vegetação valvulares na endocardite. Os aneurismas e placas ateroma das artérias renais podem ser de origem de uma embolização mais periférica.

Quadro clinico

  • Trombose aguda bilateral.
  • Insuficiência renal progressiva.
  • Infarto renal.
  • Em infarto renal agudo:
    • Dor lombar ou abdominal.
    • Vômitos.
    • Febre.
    • Leucocitose.
    • Hematúria.
    • LDH elevada.
    • Transaminase glutâmico-oxalacética (GOT) elevada.
    • Fosfatasse alcalina (FA) elevada.
  • Em infarto renal agudo:
    • Hipertensão arterial.
    • Hiperprodução de renina pelo parênquima isquêmico.

Diagnostico

  • O diagnóstico é difícil, sobre tudo em paciente idoso.
  • Microematuruia descarta trombose da artéria renal.
  • Clinica:
    • Presença de LDH e FA na urina.
  • Renograma isotópico, gamagrafia e a TC ou RM com contraste mostra redução da perfusão renal segmentarias ou generalizadas.
  • Prova definitiva se obtém com a angiografia renal, revela a ausência do fluxo a traves da artéria renal comprometida.

Tratamento

  • Em casos não traumático:
    • Anticoagulante (heparina seguida de cumarinicos).
    • Fibrinolíticos (regionais ou sistêmicos)
    • Pós-traumático:
    • Cirúrgico (restabelecimento do fluxo renal).

2. Nefropatia isquêmica

Insuficiência renal devido a uma estenose bilateral da artéria renal ou unilateral. A obstrução crônica das artérias renais é importante por ser uma causa curável da HTA e potencialmente reversível de insuficiência renal crônica. 15% dos enfermos de mais de 50 anos que desenvolve uma insuficiência renal terminal é por essa doença.

Etiologia

  • Placa ateromatosa no terço proximal o no ostium de ambas artérias renais.
  • Fatores cardiovasculares maior (tabaquismo, hiperlipidêmica, diabetes e HTA).
  • Menos frequente por uma displasia fibromuscular.
  • Ocasiões raras pode ser por enfermidades da própria artéria como arterite de Takayasu, arterite de células gigantes, poliarterite nodoso, etc., ou neurinomas na arteira renal devido a uma neurofibromatose de von Recklinghausen.

Quadro clinico

 Se deve suspeitar quando a idade avançada, etnia branca, com HTA de muitos anos de evolução, com deterioro progressivo e relativamente brusco da função renal, ou frequentes episódios de insuficiência cardíaca de causa inexplicável. Esses pacientes podem ter arteriosclerose em outros territórios e não é infrequente o diagnóstico de estenose da artéria renal em curso do estúdio de estas afecções. Esta insuficiência renal se associa a um sedimento urinário pouco chamativo e a proteinuria geralmente inferior a 1g/dia, que piora com tratamento com IECA ou ARAII. Também pode ter episódios de edema pulmonar recorrente. Cerca de 80% dos pacientes com enfermidade ateroembólica apresentam uma enfermidade renal isquêmica.

Diagnostico

 Se baseia em demonstrar as lesões das artérias renais sem usar no possível contraste iodado. Ecografia Doppler e a angio-RM sem gadolínio são em principio a mais indicadas.

Tratamento

 Se baseia em restabelecer o fluxo arterial com angioplastia e stent, ou cirurgia.


3. Trombose das veias renais

 Pode ser secundaria a extensão de tromboflebite desde a veia cava, invasão da veia renal por neoplasias renais o de órgãos próximos, traumatismos, lesões produzidas durante intervenções cirúrgicas sobra a zona, episódios de desidratação em lactantes e gravidez o uso de anticonceptivos orais. A trombose de veias renais é rara em pacientes ambulatórios, exceto nos que presentam síndrome nefrótica.



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