Nefropatia Diabetica


  • Epidemiologia:
É a primeira causa de enfermidade renal cronica terminal, 40% dos casos atribui a diabetes. 90% diabetes tipo 2 e 10% diabetes tipo 1.



  • Patogenia:
    • Hiperglicemia: Fator etiológico mais importante em nefropatia diabética. Conduz a uma elevada geração de reativas de oxigênio; a depleção da forma reduzida da dinucleótido (fosfato) nicotinamida (NAD[P]H); a ativação da via dos polióis, que pode provocar a síntese de novo de diacilglicerol e um incremento das atividade de proteioquinase C (PKC); a alteração da via hexosamina, e a glicosilação não enzimática das proteínas (produtos finais da glicosilação avançada [AGE]), todos eles envolvidos no desenvolvimento da nefropatia diabética.
    • Hemodinâmica: Pacientes com diabetes tem uma TFG aumentada, denominada hiperfiltração, por uma vasodilatação maior da arteríola aferente, que causa um aumento do fluxo sanguíneo glomerular e aumento da pressão capilar glomerular. Existe hipertrofia glomerular com superfície capilar glomerular aumentada. Estas alterações contribui a progressão da lesão renal diabética.
    • Genética: A nefropatia pode desenvolver ou não em pacientes determinados, incluso depois de muitos anos de hipertensão e de hiperglicemia. Pacientes com diabetes tipo 1 com antecedente familiar com nefropatia diabética apresenta um risco de 20% de desenvolver nefropatia diabética. Também parece existir em diabetes tipo 2. Provavelmente é uma enfermidade poligênica. Em índios Pima e em afro-americanos a identificado locus de susceptibilidade nos cromossomas 3q,7, 18q e 20p. Cromossomo 10 tanto em brancos como em afro-americanos.
  • Manifestação clinica:
    • Historia natural: Paciente com diabetes tipo 1 não tem inicialmente condições comorbidades que se associam com frequência com a diabetes tipo 2 (entre os que inclui hipertensão essencial, enfermidades cardiovascular arteriosclerótica e obesidade) que podem produzir lesão renal cronica.
  • Fases:
    • Fase 1: Inicia pouco depois das manifestações da diabetes, apresenta hipertrofia renal, incremento de mais de 50% do fluxo sanguíneo renal e da TFG. Detecta microalbuminúria transitória. E hipertensão em diabetes tipo 2.
    • Fase 2: Se progressa a essa faze em 10 anos. 30% dos pacientes que evoluem para fase 2 com diabetes tipo 1 se caracteriza por microalbuminúria 30mg/24h. Observa engrossamento da membrana basal glomerular e tubular, por expansão da matriz mesangial. 
    • Fase 3: Se progressa em 5 - 7 anos após a microalbuminúria persistente. Apresenta proteinuria evidente (>500mg/24h) e microalbuminúria (200mg/24h). Em pacientes tipo 1 pressão arterial começa aumentar. Em tipo 2 hipertensão previa. Em biopsia renal se observa uma glomerulosclerose nodular (de Klimmelstiel - wilson) em 25% dos pacientes. Se produz também uma fibrose progressiva tubulointersticial. A TFG começa a diminuir.
    • Fase 4: 4 a 6 após a fase 3. Caracterizado por um lento descenso da função renal até o estado terminal. Apresenta proteinuria (>3,5g/24h) e hipertensão.
  • Outras complicações:
    • Acidose metabólica tipo 4.
    • Pielonefrite e formação de abscessos perirrenais e intrarrenais.
    • Estenose da artéria renal unilateral ou bilateral.
    • Necrose tubular.
  • Prevenção: 
    • Controle glicêmico.
    • PA 130/80 mmHg.
    • Não usar tabacos.
    • Dieta hipocalórica.
  • Tratamento:
    • Controle rigoroso da glicemia.
    • Controle da PA.
    • IECA ou bloqueadores do receptor AT1.
    • Restrição proteica ( 0,8g/kg/dia) em casos especiais.
    • Terapia lipídica ( LDL <100mg/dl).

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